Infraestrutura

Obra da Travessia Urbana, em Santa Maria, está atrasada

Deni Zolin

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Nos últimos 365 dias, a duplicação das BRs 287 e 158 mudou radicalmente o cenário do entorno de Santa Maria. Ao longo dos 14,5 quilômetros entre o Trevo do Castelinho e a ponte do Arroio Taquara, perto da Ulbra, árvores e terrenos baldios deram espaço a novas estradas abertas ao lado das atuais rodovias.

Vários quilômetros já contam com os leitos da duplicação, onde foram colocadas a base da rodovia, com pedras. Dos 19 viadutos previstos, o do Castelinho é o mais adiantado, com duas grandes estruturas de concreto já prontas. A obra da chamada travessia urbana de Santa Maria completa um ano hoje com 17,5% dos serviços concluídos.

Apesar de um pequeno atraso no cronograma, a previsão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é entregar a rodovia duplicada até o final de 2017, dentro dos 36 meses previstos. Além da duplicação da pista, o projeto contempla iluminação em toda a extensão e trechos de ciclovias.





Anunciada em 2010, a obra levou quatro anos para sair do papel devido à complexidade burocrática. Mesmo tendo sido licitada por meio do regime diferenciado de contratação (RDC), o mesmo usado nas obras da Copa do Mundo, em que a burocracia é reduzida, as máquinas só puderem entrar em ação em 16 de dezembro de 2014, dois anos após o lançamento da licitação. Só para obter a licença ambiental, por exemplo, o Dnit levou mais de um ano.

Esses primeiros 12 meses de trabalho foram marcados por uma grande agilidade inicial. Até abril de 2015, vários quilômetros já haviam sido terraplenados, recebendo canalização da drenagem da água e pedras grandes, usadas na base. A intenção era acelerar o serviço antes do período das chuvas, no inverno. Porém, nesta época, a presidente Dilma Rousseff anunciou os primeiros grandes cortes de verbas e começaram as incertezas.

No lote 2, entre a Uglione e o Arroio Taquara, perto da Ulbra, a construtora Sultepa teve de parar as obras, mas por outro motivo. A empresa estava endividada, tinha pendências e ficou impedida de receber recursos federais. A empreiteira conseguiu, então, aprovar a recuperação judicial e, em 3 de agosto, as máquinas voltaram à pista. O Dnit acabou homologando a inclusão da empresa catarinense Pavsolo no consórcio.
Se não fosse essa interrupção, a obra já poderia estar mais adiantada.

Já no lote 1, entre o Castelinho e a Uglione, a construtora Continental nunca parou de trabalhar, alternando períodos com mais ou menos volume de trabalho. Já a Sogel começou a obra do primeiro dos 19 viadutos, o do Castelinho, em abril, de forma lenta. O serviço acabou sendo intensificado nos últimos meses. Ontem, a Sogel começou a construir o viaduto perto da estação rodoviária, que será erguido ao lado do atual. Ao todo, o Dnit já investiu R$ 53,9 milhões dos R$ 309 milhões previstos.

O que deve ser feito em 2016





Apesar de o cronograma da duplicação estar um pouco atrasado, o Dnit espera recuperar o tempo perdido com as empresas aproveitando o horário de verão e os finais de semana para executar mais serviços. Além disso, um dos consórcios afirmou que, apesar de terem sido gastos só 17% do valor total da empreitada, ele já executou um percentual bem maior de serviços, pois os custos mais altos serão com o asfalto.

O asfalto é bem mais caro. Então, quando fizermos a pavimentação das pistas, gastaremos em um mês o que hoje, com a drenagem e a base, levamos quatro para gastar  afirmou um integrante de um dos consórcios.

Apesar de o Dnit afirmar que há dinheiro garantido para manter a duplicação andando até a metade de 2016, e que mais recursos devem ser aprovados no orçamento para seguir com os trabalhos ao longo do ano, a questão financeira ainda é a maior pr"

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